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Reforma Tributária: Empresas estão preparadas para a maior mudança tributária das últimas décadas?

A reforma tributária está em andamento e transformará a forma como empresas lidam com tributos no Brasil. Entenda os impactos da CBS e do IBS, os desafios da transição e descubra estratégias para preparar sua equipe e tornar essa mudança uma oportunidade de crescimento.

A reforma tributária finalmente está deixando de ser um projeto e se transformando em realidade no Brasil. Aprovada no final de 2024, a Lei Complementar nº 214/2025 estabeleceu o início da implementação de um novo sistema de tributos sobre consumo, que substituirá cinco tributos atuais — PIS, Cofins, IPI, ICMS e ISS — por dois Impostos sobre Valor Agregado (IVA): a Contribuição sobre Bens e Serviços (CBS), de competência federal, e o Imposto sobre Bens e Serviços (IBS), gerido por estados e municípios.

Com isso, empresas de todos os portes e setores passam a enfrentar um dos maiores desafios operacionais, fiscais e estratégicos das últimas décadas. Mas afinal: as organizações brasileiras estão preparadas para a reforma tributária?

Uma pesquisa recente da Robert Half, que ouviu 100 profissionais diretamente envolvidos com a implementação das mudanças, traz dados valiosos sobre o grau de preparação das empresas, as estratégias adotadas e os principais desafios para os próximos anos. Neste artigo, vamos analisar esses resultados e discutir como organizações podem transformar a reforma em uma oportunidade estratégica.

O que muda com a reforma tributária

A proposta da reforma vai muito além de uma simples troca de tributos. Trata-se de uma transformação profunda na forma como o Brasil arrecada impostos sobre bens e serviços. Entre as principais alterações destacam-se:

  • Substituição dos tributos atuais: PIS, Cofins, IPI, ICMS e ISS deixam de existir, dando lugar à CBS (federal) e ao IBS (estadual e municipal).
  • Local de cobrança: A tributação passa a ser feita no destino — onde o bem é consumido ou o serviço prestado — e não mais na origem da produção.
  • Transparência: O imposto será destacado separadamente do preço final, aumentando a clareza para consumidores e empresas.
  • Split Payment: O valor da compra será automaticamente dividido no momento do pagamento, destinando a parte referente ao tributo diretamente aos cofres públicos por meio de sistemas bancários integrados.

Essas mudanças, embora necessárias para simplificação e transparência, representam um grande desafio para a adaptação das empresas.

Um período de transição complexo: de 2026 a 2033

A implementação da reforma tributária será gradual. O cronograma prevê:

  • 2026: Entrada em vigor da CBS e do IBS.
  • 2027: Fim do IPI, PIS e Cofins, além da implementação do Imposto Seletivo.
  • 2029 a 2032: Aumento gradual da alíquota do IBS e redução progressiva de ICMS e ISS.
  • 2033: Fim do ICMS e ISS, com o IBS em plena vigência.

Durante esse período, empresas terão que lidar com a coexistência dos sistemas antigo e novo, exigindo ajustes operacionais, contábeis e tecnológicos, além de um acompanhamento constante da evolução da regulamentação.

Empresas estão preparadas? Os dados da pesquisa Robert Half

A pesquisa realizada pela Robert Half traça um panorama realista — e um tanto preocupante — sobre a preparação das empresas brasileiras para a reforma tributária. Embora a medida seja uma das mais aguardadas das últimas décadas, a maioria das organizações ainda não está pronta para enfrentar seus impactos.

De acordo com os dados, 50% das empresas afirmam que poderiam estar mais preparadas, indicando que reconhecem a necessidade de avanços, mas ainda não têm um plano de ação estruturado.

Além disso, 37% se declaram despreparadas, mesmo tendo iniciado algumas análises preliminares. Apenas 11% das empresas entrevistadas dizem estar muito preparadas, com planos e estratégias claros para a adaptação às novas regras. De forma alarmante, 2% ainda não buscaram nenhuma informação sobre o tema, revelando total inércia diante da maior mudança tributária do país em décadas.

O estudo também evidencia um cenário de incerteza na gestão de equipes: 49% das empresas ainda não sabem se precisarão contratar novos profissionais para lidar com a transição. Entre as que preveem reforços, 16% afirmam que contratarão durante o período de implementação, sendo que 53% dessas planejam admitir três ou mais profissionais.

As contratações têm foco principal no backfill — para manter atividades de rotina enquanto colaboradores-chave participam do projeto da reforma — e na área de tecnologia, com especialistas em parametrização e implementação de soluções fiscais.

Esses números reforçam que, sem planejamento antecipado, empresas podem enfrentar sobrecarga de equipes, dificuldade de atrair talentos qualificados e risco operacional elevado durante a transição para o novo sistema tributário.

Impactos diretos nas empresas: o que a pesquisa revela

A reforma tributária exigirá das empresas muito mais do que ajustes técnicos: será necessário repensar processos, equipes e estratégias para enfrentar um período de transição complexo e desafiador. A pesquisa realizada pela Robert Half evidencia os principais impactos e como as organizações estão se preparando para essa nova realidade.

De acordo com o levantamento, 69% das empresas têm como prioridade alocar profissionais para backfill, garantindo que as rotinas operacionais continuem funcionando enquanto colaboradores estratégicos são realocados para atuar como key users no projeto da reforma. Essa estratégia permite manter a continuidade das operações sem comprometer o foco na implementação das novas regras.

Além disso, 44% das empresas pretendem contratar profissionais de tecnologia especializados em parametrização de sistemas e adequação dos ERPs, um passo essencial para lidar com os novos leiautes fiscais e as exigências de integração com os sistemas da Receita Federal.

Áreas como Fiscal, Contábil, Jurídico e Gestão de Projetos também estão no radar para reforços, especialmente entre grandes empresas, que demonstram maior propensão a ampliar suas equipes — 58% delas preveem a contratação de pelo menos três novos profissionais, enquanto nas pequenas e médias empresas esse número cai para até dois novos integrantes (60%).

A pesquisa também aponta que vagas temporárias e projetos especializados serão alternativas viáveis para suprir picos de demanda durante a transição. Essa estratégia permite maior flexibilidade, agilidade na contratação e a possibilidade de absorver posteriormente os talentos já treinados nas novas regras tributárias.

Em resumo, a adaptação à reforma tributária passa por um tripé essencial: tecnologia, reforço de equipes e reorganização de processos internos — pontos que definirão o sucesso ou o fracasso dessa transição.

Reforço nas equipes: disputa por talentos deve se intensificar

A complexidade da reforma exigirá a contratação de profissionais especializados, especialmente nas áreas Fiscal, Contábil, Tecnologia da Informação e Jurídico.

Entre os destaques:

  • 94% das empresas identificam necessidade de reforço no time fiscal.
  • 24% destacam contratações para Contabilidade e Tecnologia.
  • 12% indicam a necessidade de profissionais para Gestão de Projetos.

Entre as grandes empresas, 58% planejam contratar ao menos três novos profissionais; já entre as pequenas e médias, 60% pretendem contratar até dois colaboradores.

Com o cenário de baixo desemprego para profissionais qualificados (apenas 3% segundo a pesquisa), a disputa por talentos será acirrada. Isso reforça a importância de planejar contratações antecipadamente para evitar sobrecarga nas equipes e riscos operacionais.

Habilidades e perfis mais demandados

A pesquisa da Robert Half revela que a reforma tributária está impulsionando uma verdadeira transformação na demanda por talentos. As empresas não estão apenas em busca de mais profissionais, mas sim de perfis estratégicos, capazes de conduzir a transição com segurança técnica e visão de negócio.

No aspecto técnico, os destaques são claros:

  • Parametrização de sistemas ERP (SAP, Oracle, TOTVS), para atender às novas exigências de CBS e IBS.
  • Conformidade e compliance tributário, fundamentais para reduzir riscos durante a transição.
  • Contabilidade fiscal e regulatória, para garantir a correta apuração e reporte das obrigações.
  • Ferramentas de Business Intelligence (BI), essenciais para analisar cenários e impactos financeiros.

Além das competências técnicas, a pesquisa evidencia a importância das habilidades comportamentais. Entre as mais valorizadas estão: resiliência, para lidar com a complexidade e a pressão do momento; comunicação eficaz, essencial para integrar equipes multidisciplinares e dialogar com stakeholders; capacidade analítica, para interpretar dados e tomar decisões assertivas; além de agilidade, adaptabilidade e proatividade, fundamentais para um cenário em constante mudança.

Essa combinação de competências será o diferencial para quem liderar os projetos de transição. Analistas fiscais e contábeis, key users de sistemas, especialistas em compliance e consultores ERP despontam como perfis mais procurados.

Já funções estratégicas, como gerentes de tributos e PMOs especializados em projetos fiscais, ganham destaque como lideranças indispensáveis para coordenar o processo. fundamentais: resiliência, comunicação eficaz, capacidade analítica, agilidade e proatividade são características essenciais para os profissionais que atuarão nessa transição.

Oportunidade para quem se antecipa

Apesar dos desafios, a reforma tributária também pode ser vista como uma oportunidade. Empresas que se prepararem adequadamente poderão:

  • Reduzir riscos fiscais com maior conformidade.
  • Otimizar processos internos e ganhar eficiência operacional.
  • Aproveitar incentivos e regimes diferenciados previstos na nova legislação.
  • Melhorar a previsibilidade financeira com informações mais claras sobre a carga tributária.

Em um ambiente de negócios competitivo, quem se adiantar à curva sairá na frente.

Como se preparar para a reforma tributária

A pesquisa evidencia que muitas empresas ainda estão em fase inicial de adaptação. Para avançar, recomenda-se:

  1. Investir em tecnologia: atualize os ERPs e garanta integração com os sistemas da Receita Federal.
  2. Capacitar as equipes: promova treinamentos sobre as novas regras fiscais e operacionais.
  3. Reforçar os times: antecipe contratações e considere modelos híbridos (profissionais fixos e temporários).
  4. Buscar consultoria especializada: conte com especialistas para apoiar no diagnóstico e implementação das mudanças.
  5. Participar de comitês e fóruns técnicos: como o GEIFS da SPED Brasil, que oferece análises estratégicas e troca de experiências entre empresas.

Conclusão: um chamado à ação

A reforma tributária representa um marco histórico no sistema fiscal brasileiro. Para as empresas, o desafio vai muito além da adequação técnica: será necessário repensar processos, investir em tecnologia, capacitar equipes e fortalecer a governança tributária.

A pesquisa da Robert Half deixa claro: a maioria das empresas ainda não está preparada. Mas há tempo — e quem agir agora estará em posição de vantagem.

No SPED Brasil, acompanhamos de perto cada etapa dessa transição e oferecemos soluções como o GEIFS (nosso comitê tributário corporativo), treinamentos In Company e conteúdos técnicos para apoiar empresas nesse processo.

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